Pote para guardar Arco–Íris

2005-2006



São cilindros de vidro sem tampa e cujo fundo é um espelho que traz a frase escrita em jato de areia: “Única aparição de uma ausência”. A parte superior é composta de dois círculos de vidro com diâmetros distintos, de forma a se encaixar na parte interior do pote como uma tampa. Entre esses dois vidros circulares e vazados no centro, que formam a tampa, foi colocada a foto de um arco íris que “termina” em um sítio em Nova Friburgo. Os vidros e a foto são transpassados por uma alça que permite tampar e destampar o pote, e da qual pende um prisma, que fica em seu interior quando o pote é fechado. Sua execução nasceu de uma conversa com um sitiante que afirmou: “poder ver o arco íris vale mais do que ter um pote de ouro”.

O cilindro de vidro apresenta a definição da palavra “arco íris” tirada de um dicionário. Daí duas versões. Em um, as letras são feitas por jateamento, no segundo, toda a extensão que não é letra é jateado, invertendo a relação entre letra e fundo, entre impresso e ausente.

Ao ser atingido pela luz em algumas posições e dependendo de sua manipulação, o pote, por meio do prisma, projeta um arco-íris no seu exterior, que também pode ser visualizado no seu interior em certas condições, ou ser obtido ainda por manipulação apenas da tampa. Nesse caso sendo possível inclusive projetar o arco-íris sobre a outra parte do pote, criando novas ações, formas e questões, peculiares a cada ação.





Pote para guardar Arco–Íris I. Objeto de vidro jateado, foto, espelho, prisma e pegador. 30x25x25cm. 2005.


Pote para guardar Arco–Íris II. Objeto de vidro jateado, foto, espelho, prisma e pegador. 30x25x25cm.
2006.